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ORA VEM SENHOR

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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Lucas 10:38/42 - Marta e Maria


 Jesus e seus discípulos seguia o seu caminho. Ao entrarem numa aldeia, uma mulher chamada Marta recebeu Jesus em sua casa. Ela tinha uma irmã chamada Maria, que se sentou aos pés do Senhor para o ouvir. Ora Marta andava muito atarefada, por ter muito que fazer. Aproximou-se e disse: Senhor, não te preocupa que a minha irmã me deixe só com todo o trabalho? Diz-lhe então que me venha ajudar.Mas Jesus respondeu: Marta, Marta, andas preocupada e aflita com tantas coisas, quando uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada.
Jesus chega com seus discípulos a Betânia,  perto de Jerusalém, entra numa aldeia e se dirige para a casa de Marta, irmã de Maria e de Lázaro. Jesus já os conhecia, tinha intimidade com eles e os amava, por isso foi direto para lá, sendo muito bem recebido na casa. Existe privilégio maior do que ser amado por Jesus? Ter intimidade com ele e recebê-lo como hóspede de honra em nossa casa? Mas ainda que esta família desfrutasse deste grande privilégio, há uma diferença na maneira como as duas irmãs servem a Jesus. Marta, assume a postura de dona da casa, zelosa, ativa, ansiosa, tão desejosa estava para servir bem ao seu ilustre visitante. Ela faz Jesus se sentir muito querido como visitante. Maria, assenta-se aos pés de Jesus, assume uma postura passiva, amorosa e de humildade. Ela faz Jesus se sentir o dono da casa, a pessoa mais importante no recinto. Mais do que fazer algo para ele, ela deseja a sua presença, a sua pessoa, quer ouvir seus ensinamentos e não pensa ficar um só momento longe dele.
Incomodada pela situação, Marta reclama de Maria a Jesus. Há um tom de acusação na pergunta: “Não te importas?”. Na verdade uma dupla crítica: a Maria e a Jesus. Ainda que pensando em Jesus, ela o critica. Noutras palavras, disse: “Senhor, faça alguma coisa, manda ela me ajudar, é para fazer algo para o Senhor mesmo”.
Aqui está alguém que ama e tem zelo por Jesus, alguém que o tem no coração, mas que ao invés de saber dele, da sua própria boca, o que ele quer que se faça, ela corre para fazer o que pensa ser melhor. Assim, se empenha em tantas coisas que não aproveita a pessoa de Jesus, não ouve a sua doce voz nem o seu ensino.
É triste pensar que há muitas pessoas agindo como Marta, fazendo o que pensam ser melhor para Jesus sem procurar saber dele. Envolvem-se num ativismo sem freio, fazendo coisas para ele e perdendo o mais importante. Sem tempo para ouvir a sua voz, o seu ensino, para sentir a sua presença. Fazem sem saber se é isto que ele quer que se faça, e ainda assumem uma postura crítica para com os que estão aos pés de Cristo, aparentemente passivos.
Como saber o que é melhor a fazer senão ouvindo do próprio Jesus? O que você tem feito para Jesus é o que ele gostaria que você fizesse? Você tem ouvido Jesus? Tem sentido a sua presença? Tem aprendido dele? Jesus, o grande pregador e mestre, aproveita cada oportunidade que tem para ensinar. Ele não depende de púlpito nem de multidões, só da ocasião. Ele ensina uma lição à Marta levando-a a refletir.

Quando Jesus ensinou a lição a Marta, ela poderia ter tido duas reações“Perdão Senhor! Eu me enganei, sei que o Senhor sabe o quanto te amo e quero te servir, no entanto, se te agrada mais ter-me junto a ti, deixo tudo, eis me aqui”.

Qual destas reações agradaria mais ao Senhor? Saiba, o Senhor usa as circunstâncias, e mesmo os nossos erros, para nos corrigir e ensinar preciosas lições. Como você tem reagido à correção do Senhor: com arrogância ou humildade?Jesus levou Marta a refletir: “Estás ansiosa e preocupada. Não fique assim. Se precisar eu multiplico o pão, mando corvos trazerem alimento para nós ou mando o maná. Vem me ouvir, aproveite o tempo para ficar comigo e aprender aos meus pés. O que estás a fazer, é o que farias para qualquer outro visitante, mas eu não sou qualquer um. Estas coisas te impedem de ter comunhão comigo, te deixam inquieta, ansiosa, cansada, mas e depois, como você vai viver de forma a me agradar se não teve tempo de aprender? Você tenta me agradar à sua maneira, fazendo coisas, mas deve buscar agradar-me à minha maneira. Não deves fazer o que pensas, mas o que eu mando. A comida que você vai servir alimenta o corpo, a comida que eu estou servindo alimenta a alma, qual é melhor? Depois, o que você vai ensinar a outros sobre mim; qual o meu prato preferido? Como vai fazer a minha vontade se só se preocupou em fazer coisas para mim, não em me ouvir e conhecer melhor? Como vai ter fé em mim nos momentos difíceis de angústias e tribulações que te sobrevirão e nas decisões que tiver de tomar?"

          Após falar isto para Marta o que ela fez! Terá deixado a sua comida para receber a de Jesus? Jesus não quer o que podemos lhe oferecer; ele nos quer, pois se nos tiver, terá também o que é nosso se apenas tiver o que é nosso, poderá não nos ter.
Você acha que Jesus foi injusto com Marta? Certamente que não! Ela continuou crendo em Jesus. Jesus continuou a amá-la, mas quis lhe ensinar que há certas coisas mais importantes que outras. Quis lhe ensinar que é possível estar tão ocupado fazendo coisas para ele a ponto de se esquecer dele, que é mais importante.
          Qual destas irmãs estaria mais bem preparada para enfrentar uma tragédia em família a morte do irmão Lázaro que viria a seguir? Ele era o homem da casa, o sustento do lar, o provedor. Com a sua morte, elas estariam numa situação familiar, financeira e social desesperadora. Qual delas estaria mais preparada para enfrentar esta adversidade? Qual delas estaria mais preparada para enfrentar e entender a morte de Jesus, que também aconteceria em breve?
Mas vejamos a história de Marta e Maria pelo lado da religiosidade versus comunhão. O religioso é capaz de se atarefar com tantas coisas que pode perder de vista o que é mais importante: a comunhão com Deus e o amor ao próximo. Haverá uma grande decepção para muitos religiosos que fizeram tantas coisas para Deus, mas não serão aprovados no dia final.

Veja esta história pelo lado das boas obras versus fé. As boas obras; “Eu mereço seu amor e elogios, olha o que fiz para ele, certamente estou lhe agradado e ele tem de me recompensar”. Porém, a fé diz: “Não há nada em que me apoiar, exceto na pessoa de Jesus, sei que nada mereço do Senhor, tudo que ele me oferece é pela sua graça e misericórdia, eu só posso me gloriar nele”.
Como você tem servido a Jesus? Você faz obras para ele ou ele faz obras por meio de você? Jesus está na sua vida? No seu lar? Se não está, que tragédia! Mas se está, como tem se sentido: como um visitante ou como servo de Deus?
O que agrada a Jesus é que seja feita a vontade de Deus (João 4.32-34; Mt. 4.2-4). Somente uma coisa nos é necessária: “Não te comprazes em sacrifícios, senão eu os traria; não te deleitas em holocaustos. Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.” (Sl. 51.16-17); e “uma coisa pedi ao Senhor e a buscarei, que possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor e aprender no seu templo” (Sl. 27.4
Estas duas irmãs Marta e Maria, pode ver que representam dois tipos de servos, duas tendências opostas, ou duas maneiras de seguir a Jesus, que ainda hoje vivemos Marta com tanta preocupação com as coisas desta vida não atentou em aproveitar o que havia de melhor, que era de entender  e reter em seu coração tudo o que Jesus dizia.
Marta-religião
Maria queria estar diante de Jesus, para aprender, para ouvir, para adorar, para alegrar-se, para se aconselhar expondo os seus sentimentos abrindo a sua alma perante o Senhor.  Igreja fiel, aquela que ouve a voz do Senhor e obedece, pois sabe que o melhor é fazer a vontade do Senhor e reter em seus coração a palavra revelado pelo Espírito Santo de Deus.
Marta, queria apresentar um bom trabalho, a casa limpa e bem arrumada, a comida gostosa, queria tudo impecável para receber o Mestre. Mas então, Haverá algum mal nisso! Não fazia Marta, todo esse trabalho por amor do Mestre ? Certamente que as duas atitudes são necessárias. Jesus não disse que Marta tivesse procedido mal. Coitada.... ela era bem intencionada, mas com a sua preocupação com as coisas materiais, ela esquecia-se do seu próprio alimento espiritual.
Penso que Marta não estava em pecado, mas estava no que poderíamos chamar de pobreza espiritual. Ela foi como as pessoas do cristianismo dos nossos dias, que são pessoas boas, pessoas muito comprometidas com um cristianismo social, inteiramente absorvidas nos seus trabalhos, mas interiormente desiludidas, frustradas espiritualmente, porque toda a sua atenção está tão voltada para o seu serviço que não têm tempo para buscar a comunhão com o Senhor.
Podemos dizer que ambas as atividades, de Maria e de Marta, são necessárias, mas se queremos servir verdadeiramente temos que saber que a limpeza é espiritual no serviço de realizar a obra de Deus com zelo, sendo crentes úteis à igreja, temos de nos preocupar com ambas as atividades, que é muito importante devemos proceder como Maria, devemos sentar-nos aos pés de Jesus, para ouvir a sua voz, pois sem ele, nada de útil poderemos fazer.
O mal de Marta, não foi o fato de trabalhar para Jesus, mas o fato de ter tentado ser útil sem primeiro tentar compreender o que o Senhor queria dela. Trabalhar para Jesus sem primeiro o ouvir, apesar de toda a nossa boa vontade, leva a servi-lo de acordo com os métodos deste mundo, que não serão válidos no Reino de Deus.
Perder o hábito de buscar a comunhão com o Senhor em oração, que consideram pura perda de tempo. Todo o tempo disponível é para o seu trabalho, mas sempre em aspectos materiais, pois não lhes resta tempo para ouvir a Jesus. Como a palavra de Deus nos ensina a servir ao Senhor de todo o nosso coração, toda a nossa alma, todas as nossas forças e todo o nosso entendimento. Louvado seja o nome do Senhor

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